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Capítulo 2 | Capítulo 4


Capítulo 3 - Uma piada cruel

– Pai, eu quero entrar para o treino contra dragões junto com a Biscoito.

Silêncio. Cada um dos integrantes da família Haddock encarava o rapaz com expressões diferentes. Valka parecia quase surpresa. Stoico… parecia indeciso? E Biscoito sorria abertamente para seu irmão.

– Soluço, eu não acho que essa seja a melhor ideia… – Stoico começou a falar.

– Mas pai, eu quero combater dragões! – retrucou Soluço, fazendo uma pose como se tivesse músculos naquela forma de graveto. – Eu tenho que aprender! Eu sou um viking!

Biscoito riu do irmão que corou levemente.

– Tem certeza que quer fazer isso, Soluço? – perguntou Valka, gentilmente.

– Sim, eu tenho sim, mãe! Eu quero… Eu quero aprender! Quero mostrar pra todo mundo que eu consigo! – Soluço hesitou por um momento, apertando o braço quase timidamente. – Eu… sou um Haddock, não sou?

Os adultos não tiveram uma chance de falar quando Biscoito foi mais rápida, pulando da cadeira até seu gêmeo.

– Sim! Sim! Imagina! – Ela colocou um braço em volta dos ombros do irmão. – Soluço e Enguia Haddock! Os maiores matadores de dragões de toda a Berk!

Soluço sorriu com as palavras da irmã, mas parou de sorrir ao ver a expressão séria de seu pai.

– Soluço, você pode ser um Haddock..., mas isso não quer dizer que você, bem… – começou Stoico, sua típica compostura de chefe deixada de lado, tudo o que sobrava em seu lugar era o lado de pai. – Talvez você não consiga… ou talvez você não seja bom nisso…

Ele parou no meio da frase ao ver a expressão séria de sua esposa, pedindo para que tomasse cuidado com suas palavras. Stoico a encarou de volta num modo que perguntava sem palavras “o que você quer que eu diga?”. Valka suspirou, se virando para os filhos.

– O que seu pai quer dizer, Soluço, é que você não precisa fazer isso se não quiser. – Ela sorriu ao ver o garoto apertar o braço novamente e abaixar o olhar, como se estivesse pensando no assunto. – E não tem problemas se você não consegue fazer o que os outros fazem…

– Mãe, se eu consigo, o Soluço também consegue! – interrompeu Biscoito, se mantendo ao lado do irmão.

Valka piscou uma ou duas vezes, surpresa pelo tom de voz de sua filha. Ela realmente tinha puxado Stoico…

– Stoico… – Valka se voltou para o marido sem saber o que dizer, e os gêmeos fizeram o mesmo, observando o pai com expectativa.

Stoico suspirou.

– Eu vou… pensar no assunto. – E voltou a comer.

–o–

O tempo foi passando, porém, e cada vez mais decepcionado ficava Soluço sem uma resposta. Quando um ano já tinha passado, o garoto tinha decidido que não ia receber nenhuma satisfação.

Mas Soluço, embora não se parecesse muito com os demais vikings da tribo, tinha um dos atributos mais conhecidos dos guerreiros nórdicos: a teimosia. E ele não ia parar de tentar provar para seu pai do que era capaz.

E era exatamente isso que ele estava tentando fazer mais uma vez.

– Soluço, o que você está fazendo?

– Uuh… nada…? –  O garoto ergueu a atenção das armas que estava revirando e se colocou de pé, com as mãos atrás das costas, sem querer derrubando todos os objetos de metal com um estrondo.

Bocão o olhou de cima à baixo, colocando as mãos (ou melhor, uma mão e um gancho) na cintura.

– É mesmo? – Ele arqueou uma sobrancelha. – Então o que está escondendo aí?

– Nada! Nada! Não estou escondendo nada! Por que você pensaria que estou escondendo alguma coisa? – Soluço riu de nervoso.

Bocão não disse nada, só estendeu a única mão que tinha para o garoto. O pequeno viking hesitou, antes de suspirar profundamente e entregar a pequena besta que tinha em mãos para o outro. Era pequena, mas ainda grande demais para ele, além de parecer ser muito pesada para seus braços finos.

– Então vai me dizer que o nome dessa belezinha é ‘nada’? É um pouco grande demais pra você, não acha? – Bocão armou a besta com apenas uma das mãos, atirando uma das flechas contra a parede de madeira. A flecha voou tão rápido que quase não deu pra ver. – Sabe como seu pai vai reagir quando descobrir que você estava planejando sair por aí com isso?

– Ai, Bocão, por favor, não fala nada pro meu pai… – Soluço começou antes de se recompor, ou pelo menos fingir se recompor. – O-ora, mas qual é o problema de eu usar essa... essa besta, hein? Talvez se eu… se eu usar durante um ataque o meu pai me deixe entrar no treino junto com os outros!

Bocão ainda o encarou com cara de descrente. 

– E você já usou isso antes?

– Uh… não…, Mas! Mas! Mas eu sei como usar! Olha, Bocão, eu sei como isso funciona! Eu sei como se segura, como… como se arma! E…

– Só saber como as coisas funcionam não quer dizer que sabe usá-las, Soluço – Bocão, balançou a cabeça. – Teoria é bem diferente da prática. Sem treino você vai acabar se machucando feio e nem eu, nem você, nem ninguém, quer que isso aconteça, não é?

Soluço tentou falar alguma coisa, tentou impedir o homem de colocar a besta num lugar alto em que o garoto não podia alcançar (pelo menos sem uma auxilio), mas nada funcionou.

– Deixa a arma aí, Soluço, nem tente pegar. – Bocão se dirigiu para a pedra de amolar. – Você é meu aprendiz nessa ferraria, seria inútil te proibir de ir em certos lugares da forja.

Soluço olhou do ferreiro para a besta na parede, antes de suspirar e o acompanhar até os fornos.

A noite estava estranhamente calma, talvez calma demais. Soluço tinha certeza de que era isso que se passava pela cabeça de seu pai, quando esse passou pela ferraria para conversar com Bocão e para ver como estavam as coisas. Em outras palavras, para ver se seu filho não tinha feito nada perigoso. Soluço fingiu agir como se não sabia que essa era a intenção de seu pai, sorrindo para o chefe da tribo.

– Obrigado pelo voto de confiança, pai… – murmurou para si mesmo, voltando a atenção para a espada à sua frente e martelando o metal vermelho de modo automático.

Mas, assim como era esperado quase todas as noites em que o céu ficava limpo e as estrelas brilhava no escuro de Nótt, os alarmes ecoaram pela vila, sinalizando a chegada dos demônios alados.

E, com a chegada dos dragões, o trabalho na forja rapidamente aumentou.

Soluço quase nem teve tempo para pensar no seu plano, mas era simples.

– Ok, eu pego a besta quando Bocão não estiver olhando… não, quando ele sair da ferraria, é, é isso! – murmurou para si mesmo, pulando de afazeres a afazeres, enquanto os gritos de vikings e o rugido de dragões ficava cada vez mais alto lá fora. – Então eu vou… vou procurar um dragão… – Ele começou a pensar em que dragão ele podia desafiar com aquela arma. Não podia ser um dragão muito grande…, mas talvez um Terror Terrível servisse pelo menos para mostrar para seu pai que ele era capaz…?

– Soluço! Cuidado! – Bocão empurrou o garoto perdido em pensamentos antes que fosse atingido por um jato de fogo. – Aaah! A minha forja não, seu lagarto superdesenvolvido! – Bocão foi para cima da cabeça de dragão que tinha aparecido na entrada da forja, atingido o Nadder com o martelo de pedra em seu pulso esquerdo.

Aquilo era um tanto inesperado. O dragão estava atacando a forja como se soubesse que era daquele lugar que vinham as armas inimigas, como se estivesse tentando destruir o lugar para que elas não fossem arrumadas. Berk ficaria numa grande desvantagem se isso acontecesse…

Aos poucos, Soluço voltou à realidade, e ele teve uma ideia!

Talvez agora, era só ele pegar a besta e ajudar Bocão a enfrentar a criatura! Com uma pouca distância, as flechas podiam fazer um bom estrado, principalmente na cabeça que tinha sido entalada na entrada da forja.

Soluço se levantou, arrastando um banco de madeira até a parede em que a arma tinha sido pendurada.

– Vem cá, vem… – Ela ainda estava muito alta, mas, se esticando um pouco mais, o garoto conseguiu pegar o cabo de madeira, quase caindo do banco com o peso. – Oopa! – Soluço a ergueu com dificuldade, antes de agarrar as flechas que tinha deixado embaixo de uma mesa.

Ele colocou a pequena aljava em volta da cintura como um cinto e se voltou para Bocão e o Nadder. Mas, com um som alto de madeira quebrando, o dragão conseguiu desentalar sua cabeça grande, mesmo com o ferreiro se segurando em sua cara pelos chifres. Outros vikings se aproximaram para ajudar a derrubar o Nadder.

Mas agora o dragão estava longe demais, Soluço não poderia fazer muito daquele modo…

Mas pelo menos Bocão estava distraído.

– É agora! – Soluço saiu da ferraria por outra entrada, a aljava com seis flechas era grande, quase arrastava no chão, mas ele seguiu em frente. Ele parou por um momento, colocando o apoio de metal no pé e armou a besta o mais rápido que conseguia, o que não era muito rápido, honestamente. – Vamos, vamos… – reclamou consigo mesmo até que, com um baixo “clank”, a corda se prendeu. – Ah, até que enfim…! – Soluço pegou uma das flechas, a colocando em posição.

Ele segurou a besta como conseguia, correndo por entre os vikings para encontrar um modo de usar a nova arma.

– Aquele é o Soluço?

– O que ele está fazendo aqui fora?!

Soluço ignorou os demais vikings, como estava acostumado a fazer, e continuou procurando por um dragão.

Terrores Terríveis eram raros nos ataques, mas muitas vezes eram facilmente ignorados. Afinal, eles serviam exatamente para isso, para chamar a atenção, nada além de uma distração para que os dragões maiores pudessem roubar ovelhas e iaques com mais facilidade.

– Ah! Ali! – Soluço viu dois Terrores Terríveis empoleirados no alto de um enfeite de madeira em forma de Pesadelo Monstruoso, esperando o momento certo para agir.

Soluço ergueu a besta com dificuldade, fechando um olho para tentar mirar nos pequenos dragões. Ele levantou a arma o máximo que podia, sabendo que a flecha, mesmo sendo atirada com rapidez e força faria um movimento em arco. E então apertou o gatilho.

Soluço se surpreendeu com a força do tiro, perdendo o equilíbrio e caindo para trás assim que a flecha voou para longe.

A flecha passou por cima dos Terrores Terríveis, sem sequer chegar perto dos dragões, mas os alertando. Eles se voltaram para o garoto, mostrando os dentes e balançando as caudas violentamente.

– Ah, qual é… – Soluço grunhiu ao se levantar. E, quando viu mais Terrores Terríveis surgindo no telhado da casa, ele decidiu que era melhor não perder mais tempo. Um Terror Terrível podia não ser tão perigoso, mas um bando deles era uma história diferente. – Ack! Vamos lá! Funciona sua coisa… idiota!

Soluço reclamou, tentando armar a besta rapidamente. Ele ergueu os olhos ao ver o pequeno grupo pular para o chão, se esgueirando na direção dele. Quando a corda tinha finalmente se prendido, Soluço pegou uma das flechas da aljava, a colocando no lugar e, em sua pressa, sem querer apertou o gatilho.

Soluço foi lançado para trás e dessa vez ele sentiu como se alguém tivesse dado um forte soco em seu peito. A flecha quase nem voou, se fincando no chão bem em frente do grupo de dragões pequenos.

O garoto encarou os Terrores Terríveis, que deram um pulo para trás. O “líder” do grupo (aparentemente) se aproximou, cheirando o projétil atirado em sua direção, antes de se virar para o garoto, sibilando mais alto dessa vez.

Quase nem deu tempo de reagir quando o Terror Terrível pulou em cima dele, mas Soluço usou a besta para se proteger, a jogando na direção dos outros dragões, com o “líder” ainda em cima dela.

Mas, agora sem arma, o que ele podia fazer?

Quando os Terrores Terríveis se lançaram na sua direção, Soluço começou a correr, tentando segurar os gritos, mas sem sucesso, principalmente quando os dragões davam rasantes acima de sua cabeça, as garras afiadas quase arranhando seu couro cabeludo algumas vezes. Ele jogou a aljava cheia de flechas na direção dos dragões, uma vez que ela era inútil e só o fazia tropeçar. O grupo de pequenos dragões nem deu importância.

Soluço nem notou para onde estava indo, nem por quem estava passando. E totalmente não notou quando um machado foi jogado na direção dos Terrores Terríveis que, surpresos, voaram na direção oposta.

– Soluço! – gritou Stoico, alto e forte, fazendo o garoto congelar no lugar quase automaticamente. O que não foi um bom plano.

Um rugido alto veio do céu e Soluço viu quando um Ziperarrepiante desceu em sua direção, uma cabeça deixando um longo rastro de gás em seu caminho, enquanto a outra se preparava para acender a faísca.

Soluço tossiu quando o gás o envolveu e ele tentou correr para longe, quase tropeçando com os olhos lacrimejando. Stoico correu em direção de seu filho, o tirando do caminho assim que o fogo explodiu pelo rastro de gás verde, quente e poderoso.

Soluço abriu os olhos para ver os grandes, verdes e sérios olhos de seu pai o encarando, ele se encolheu.

– Pela última vez, Soluço! – Stoico agarrou o filho pelos ombros, o balançando para enfatizar suas palavras. – Eu te mandei. Ficar. Em. Casa!!

Um som longo e muito conhecido os surpreendeu antes que o garoto pudesse reagir.

– Fúria da Noite!

Soluço ergueu os olhos e quase conseguiu ver a forma negra acima deles.

Uma bola de fogo azul desceu na direção dos dois, mas por sorte Stoico foi mais rápido. Soluço foi envolto nos braços fortes do pai mais uma vez e se viu sendo jogado na direção do chão. Ele não chegou a atingir a terra dura, graças a Stoico que girou habilmente, recebendo todo o impacto.

A bola de fogo atingiu o chão em que eles estiveram segundos antes, explodindo e lançando terra e pedra para todos os lados.

Soluço encarou a cratera com olhos arregalados. Ele olhou para os céus para tentar encontrar o dragão mais uma vez, mas este já tinha sumido – se é que dava para vê-lo direito na escuridão da noite.

– Stoico! – Valka e Bocão correram até o chefe. – Você está bem?

– Estou – Stoico sentou o filho no chão, seus olhos focados no céu. – Demônios alados… Salivento, mande um grupo para as catapultas ao oeste, agora!

Soluço desviou os olhos da noite e se voltou para seu pai, quase ignorando sua mãe, que estava o examinando para ver se estava ferido de algum modo. Stoico tinha o cenho franzido enquanto falava com um grupo de vikings, sério… irritado.

– Pai…

– Bocão. – Stoico o ignorou. – Leve Soluço para casa. Tenha certeza de que ele não vai mais sair essa noite.

– Pode deixar, Stoico. – Bocão assentiu ante de se virar para o garoto, o erguendo facilmente com apenas uma mão. – Vamos, Soluço.

Soluço suspirou, acompanhando o ferreiro até a casa do chefe.

– Eu te disse para não fazer aquilo… – comentou Bocão, embora ele soubesse que suas palavras não mudariam nada.

– Olha, eu tentei… – Soluço tentou falar mais alguma coisa, mas não sabia o quê. Seu plano tinha sido um fracasso, novamente e, dessa vez, ele tinha colocado seu pai em perigo.

O chefe de Berk ficar em perigo não era anormal, mas não importava a situação, Stoico sempre, sempre estava por cima. Mas não dessa vez, ele estava distraído e, se não fosse seus reflexos perfeitos, ele poderia ter se ferido. E tudo culpa de Soluço.

Bocão abriu a porta da casa, deixando o garoto entrar.

– Fica aí, Soluço. – Bocão disse para o garoto. – E não se preocupa muito, o seu pai só tem que esfriar a cabeça um pouco, sabe como é.

– Sim, sim, ô, se sei… – Soluço deu de ombros enquanto o ferreiro fechava a porta. – Ah, droga… – Soluço passou a mão pelo rosto, exasperado.

Ele não sabia o que o fazia se sentir mais… irritado? Confuso? Desapontado? Preocupado? Ele nem sabia direito o que estava sentindo. Mais uma vez tinha mostrado para seu pai, e para si mesmo, que não passava de um fracasso…

Era como se os deuses estivessem contra ele, desde o início, desde o seu nascimento. Raquítico, prematuro… como se os deuses tivessem olhado para ele e falado: “é, vamos fazer desse rapaz o viking mais inútil da história!” Era uma brincadeira cruel, e pensar naquilo só fazia Soluço se sentir ainda pior...

Soluço caminhou até seu banco na casa, se surpreendendo ao encontrar alguém já sentando ali.

– AH! Mas o que-! Biscoito, é você… O que está fazendo aqui? A mãe não te chamou para-

– Você colocou a si mesmo e ao pai em perigo. – A gêmea não ergueu os olhos do fogo que queimava no centro da casa. – No que você estava pensando?

– O-o que? Você está me culpando por aquilo? – retrucou Soluço, honestamente surpreso. – Eu- Você acha que eu sabia que o dragão ia atacar a gente?

– Talvez sim… – Ela se segurou ao machado, antes de lançar um olhar sério para o irmão. – Ou talvez não… – Soluço se afastou quando a irmã pulou da cadeira. – Soluço, você se lembra de… alguns anos atrás?

– Uh… O que- O que você quer dizer? Que eu e o dragão estamos trabalhando juntos ou coisa assim? Biscoito, ai, até você consegue notar como isso é loucura…!

Biscoito encarou o irmão com aqueles sérios olhos azuis, o que o deixava desconfortável. Não era uma surpresa que Biscoito tinha ganho o olhar forte de Stoico.

– É, você tem razão… – Ela revirou os olhos enquanto o irmão suspirava. – Mas, de qualquer modo, você fez besteira! Se tivesse ficado na forja como todo mundo disse…

– Ai, Biscoito, você também não… – Soluço já estava cansado daquilo.

– Não, Soluço, é verdade! – Biscoito notou o modo como o irmão se encolheu levemente, afagando o braço com os olhos abaixados.

– Eu já perguntei pro pai… ele disse que ia pensar no assunto, lembra? Mas eu acho que já sei bem qual vai ser a resposta…

Biscoito revirou os olhos.

– Se você não vai ser um matador de dragões, ainda assim… – disse, dando leves tapinhas no ombro do irmão. – Se não for pra ajudar, é melhor não atrapalhar.

– Biscoito eu só… – Soluço suspirou. – Eu só quero encontrar o meu lugar na vila…

A garota ficou em silêncio por um momento.

– Então talvez tente fazer isso sem ficar colocando a si mesmo, ou o pai, ou a vila inteira, em perigo. – Ela deu de ombros.

Soluço soltou um suspiro profundo, empurrando a irmã para fora do caminho e subindo as escadas.


Capítulo 2 | Capítulo 4


Disclaimer: A série Como Treinar o Seu Dragão e seus personagens pertencem à Dreamworks Animations, Dean DeBlois, Chris Sanders e Cressida Cowell. Essa é uma produção de fã para fã e sem fins lucrativos.

Todos os personagens aqui presentes possuem mais de 18 anos de idade.


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