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Alguns dias depois…
Soluço sentiu seu corpo inteiro tremer quando Banguela ronronou, as vibrações vindo do fundo do peito do dragão e rolando através dos lábios do rapaz, apertados contra os lábios grossos e rígidos do outro. Soluço gemeu baixinho ao sentir a língua de Banguela apertar contra seus lábios e ele abriu a boca sem pensar duas vezes.
Ele nunca imaginou que acabaria se acostumando àquilo, a sentir a língua do dragão, grande e pesada, explorando a sua boca daquele jeito, ainda menos que ele iria gostar de ter aquele músculo poderoso apertando fundo em sua garganta, quase o fazendo engasgar. Ele corava ao pensar assim, sabendo que nunca admitiria aquilo para ninguém, humano ou dragão.
Uma das patas grandes e poderosas de Banguela descansava sobre as pernas de Soluço, o mantendo preso no lugar, mas sem apertar nem pesar muito sobre ele. Levemente, com todo o cuidado do mundo, as pontas das garras do dragão apertavam contra a pele pálida do humano, nunca forte o bastante para machucar, mas o bastante para deixar sua pele formigando; exatamente o tipo de coisa que Soluço gostava.
Já fazia um tempo que eles tinham começado aquilo, que experimentavam e exploravam um o corpo do outro, descobrindo aquilo que cada um gostava, a cada passo chegando mais perto daquele momento em que ambos se sentiriam prontos para… Bem, para ir até o final.
Eles tinham decidido que era a hora… E Soluço estava excitado, mas ainda se sentia um pouco nervoso…
Ele estava pronto… Não estava?
“Soluço…?” A energia e um leve trinado do Fúria da Noite tirou o jovem viking de seus pensamentos.
Soluço piscou, encontrando dois grandes olhos verde-amarelados o encarando com curiosidade e interesse. Ele se viu refletido naquelas pupilas negras, notando como estava corando profundamente (não que ele não pudesse sentir tal coisa).
— A-ah! Eu- Eu estou bem! — Soluço engoliu em seco, se sentindo sem ar.
Um ribombar grave, como uma mistura entre um ronronado e um rugido, rolou pelo peito de Banguela e o dragão se moveu, se inclinando para a frente e se erguendo um pouco mais acima de Soluço.
“Não tenha medo…” Sua energia pareceu sussurrar e Soluço sentiu um arrepio.
O modo como o dragão havia se erguido, para qualquer um, contrariaria suas palavras, mas Soluço não se sentia intimidado ao se ver em baixo da forma grande, maciça e poderosa de Banguela, pelo contrário. Ele se sentia protegido, como se aquele fosse exatamente o lugar em que ele devia estar.
Como que para comprovar tal coisa, ele ergueu a mão, afagando o focinho do dragão, que fechou os olhos, se inclinando contra seu toque enquanto esse deslizava para o lado de seu rosto grande.
— Não estou com medo, amigão… — Soluço disse e era a mais pura verdade.
O Fúria da Noite ronronou profundamente e o outro sentiu seu corpo vibrar.
“Nervoso?”
— Sim… — Soluço assentiu, desviando os olhos do dragão para a cama de madeira e pedra. Já fazia um bom tempo que ele tinha se acostumado a dormir no chão de pedra, desde que tivesse o corpo forte, mas ainda confortável de Banguela ali com ele. Ele corou ao pensar naquilo. — Mas então, é… Como vamos fazer isso…?
Por um momento ele se lembrou de quando tinham tido uma conversa similar àquela, apenas alguns dias antes, quando Soluço tentou admitir, sem jeito que nunca tinha feito sexo antes.
“Eu sei.” Banguela tinha ronronado. “Eu te sigo desde aquela noite em que nos vimos pela primeira vez. Eu saberia.”
Demorou um pouco para Soluço processar totalmente aquela informação, tanto que o dragão continuou…
“E eu já sonhei com algumas das suas memórias, então…”
E Soluço rapidamente o fez se calar, mencionando que eles não precisavam falar sobre aquilo, muito obrigado!
De fato, Soluço nunca tinha feito sexo com ninguém, mas ele não era totalmente inocente em relação ao prazer carnal fazia um bom tempo. E especialmente depois de tudo o que eles já tinham feito antes, ele só estava… Nervoso.
Banguela apertou a cabeça contra a de Soluço.
“Aos poucos.” Ele ronronou e Soluço teve de sorrir ao ter as mesmas palavras que ele tinha usado algumas vezes sendo jogadas em sua direção. “Os sons que você faz são uma delícia, aliás.”
— B-Banguela! — Soluço exclamou em um tom mais alto do que o normal e tudo o que ele recebeu do dragão foi uma risada draconiana. Ele empurrou o rosto de Banguela sem muita força.— Seu réptil idiota! Fica aí… T-tentando mexer comigo!
“Você mexe comigo.” Banguela ronronou, abaixando as pálpebras e olhando para o rapaz de um modo que ele não acreditava ser possível para um dragão, até ele conhecer aquele.
Soluço piscou uma ou duas vezes, surpreso. E sentiu como se estivesse com febre de tão quente que seu rosto ficou.
— Oh… Uau… — Foi só o que conseguiu dizer, sem entender como aquelas três “palavras” foram capazes de fazer seu coração pular com mais força e seu corpo se arrepiar daquele modo. — Hum, tá bem… Tudo bem… Eu não estava esperando por isso…
Banguela apenas riu de novo, abaixando a cabeça e apertando a língua contra o pescoço de Soluço. O rapaz fechou os olhos, inclinando a cabeça para o lado para dar mais espaço para o outro, sentindo seu corpo se arrepiar ao sentir os dentes do dragão rasparem levemente contra seu ombro, tocando as marcas claras que eles tinham deixado ali para sempre.
Soluço estava feliz por já estar sem sua túnica, a única coisa separando seu corpo do de Banguela sendo suas calças, mas não por muito tempo. Ele agarrou a corda velha que usava para amarrar a peça no lugar e empurrou a calça, junto com a roupa de baixo. Banguela soltou um som apreciativo, enganchando uma de suas garras no tecido com cuidado e ajudando no processo.
Era quase engraçado o modo como um dragão grande e poderoso como Banguela conseguia ser tão delicado e cuidadoso.
Satisfeito com o que tinha feito, Banguela voltou sua atenção de volta para o pescoço de Soluço. Com um gemido baixo e um suspiro, o rapaz se inclinou para trás, apoiando seu peso nos cotovelos e se deixando totalmente exposto para o dragão. Ele se lembrava da timidez que tinha sentido antes, embora Banguela já o tivesse visto nu algumas vezes; afinal, aquilo era uma situação totalmente diferente do que simplesmente um momento de troca de roupa.
Banguela aos poucos desceu suas lambidas para o peito de Soluço, a ponta levemente bifurcada de sua língua tocando seus mamilos sensíveis.
— Ahm, Banguela… — Soluço se ouviu gemer e sentiu seu rosto esquentar. Ele achava que soava bobo, mas pelo jeito, por algum motivo, Banguela gostava daquilo. Ele nunca iria entender aquele dragão… Como e por que um Fúria da Noite tinha se apaixonado por ele? O escolhido como seu companheiro?
Mas, mesmo sem entender, Soluço era grato, por que ele também gostava de Banguela… Ele amava aquele dragão…
“Soluço?”
— Hm…? — O rapaz piscou os olhos, encontrando Banguela o observando enquanto ele deslizava a mão pelas escamas negras da cabeça desse. — O que… O que foi…?
O dragão ficou quieto por um momento e sua energia vibrou, um tanto distante, o que significava que ele estava pensando consigo mesmo. Ele inclinou a cabeça para o lado, desviando os olhos do humano para o chão de pedra onde ele costumava dormir.
“Se vamos fazer isso mesmo, ficar no chão pode te machucar…” Banguela bufou.
Soluço piscou uma ou duas vezes. Ele já tinha reclamado algumas vezes sobre o chão desconfortável da caverna, embora ele sentisse que já estava ficando acostumado a ele. Por causa disso Banguela preferia lhe oferecer se inclinar contra seu corpo poderoso, ou contra uma asa ou até a cauda, o que era sempre bem aproveitado.
O rosto de Soluço esquentou novamente e ele sentiu seu pênis pular levemente, por que, de fato, se eles iam ir até o fim, ficar deitado naquele chão irregular iria ser pouco confortável… Ele desviou os olhos para a cama em que já não dormia fazia uns dias, deixando-a para os Terrores Terríveis quando esses apareciam. Ele tinha uma ideia.
— Ah, é, então… Tá… — Ele assentiu.
Soluço foi até a cama e desamarrou o travesseiro improvisado que tinha criado. O dragão observou em silêncio enquanto o humano deitava os panos um em cima do outro, usando-os para fazer uma nova cama no chão de pedra.Ainda sem falar nada, Soluço se sentou em cima dos panos, tentando encontrar uma posição confortável.
Olhos verdes se encontraram no meio da caverna e Soluço virou o rosto, suas bochechas avermelhadas.Banguela ronronou baixinho ao se aproximar, o pequeno humano ficava tão fofo encabulado. Soluço voltou a lhe lançar o olhar e Banguela fez um som brincalhão, feliz em ver que o humano tinha ouvido os seus pensamentos.
Banguela apertou o focinho contra a têmpora direita de Soluço e,com um arrulho baixo, lambeu a testa pálida do garoto, empurrando o cabelo para longe, e Soluço fechou os olhos, se inclinando contra o toque.
O Fúria da Noite ergueu uma pata, delicadamente a pousando contra a barriga do humano e empurrando. Soluço entendeu o que aquilo queria dizer e se inclinou para trás levemente.
— Banguela… — Soluço murmurou enquanto o Fúria da Noite se colocava acima dele. Ele encarou aqueles brilhantes olhos de dragão que o estudavam em silêncio; o ronronar que vinha de Banguela fazia seu corpo vibrar, o que o ajudava a relaxar. — Como das últimas vezes, vai com calma… Tá bem?
Banguela bufou, rolando os olhos de um modo bem humano, e Soluço fez um bico.
“Não se preocupa, Soluço…” Ele trinou, apertando o rosto contra o do humano, antes de lamber as bochechas de Soluço. “Eu vou cuidar bem de você.”
— Hm… — Soluço não conseguiu segurar um gemido quando Banguela lambeu seus lábios, forçando a língua bifurcada para dentro da boca do garoto. Beijar um dragão ainda era um tanto estranho, mas Soluço decidiu que gostava do que era “estranho”. — A-ah… Banguela…
Banguela lambeu os lábios antes de levar sua língua para baixo mais uma vez. Ele gostava do gosto da pele de Soluço, era diferente, estranhamente terreno e salgado, diferente de qualquer outro sabor que o dragão já tinha provado.
Soluço tentou segurar um som que vinha do fundo de sua garganta quando a longa língua retornou para seus mamilos. Banguela reagiu, erguendo as barbatanas e encarando o garoto, cujo rosto brilhava em vermelho, os dentes levemente salientes mordendo seu lábio inferior.
— B-Banguela… — Soluço gemeu involuntariamente enquanto Banguela continuava lambendo seus mamilos pequenos e rosados, ambos já sabendo bem que ele era sensível ali. Ele instintivamente levou as mãos para os lábios, sem notar que tinha feito aquilo.
Banguela parou por um momento, soltando um rosnado baixo.
“Eu disse pra não fazer isso, Soluço.” Ele transmitiu, enquanto movia a língua de modo deliberadamente mais lento. Soluço soltou um outro gemido mais alto e dessa vez ele não cobriu sua boca. “Isso, deixa eu te ouvir.”
— Hmmn…! — O garoto solto um choramingar leve, sentindo o calor de seu rosto se espalhar até a ponta de suas orelhas e descer por seus ombros expostos. Banguela parecia estar decidido a arrancar aqueles sons dele, então ele daria a seu companheiro o que ele queria. — Ah! P-pare de provocar seu-- seu réptil inútil…!
Banguela parou e Soluço gemeu mais uma vez, automaticamente se arrependendo do que tinha pedido. O dragão bufou, antes de se focar em outra parte do humano. Soluço soltou um som estranho, como um guincho estrangulado, ao sentir o focinho do dragão apertando contra seu membro já ereto.
Banguela cheirou a área como costumava fazer, a ação fazendo Soluço tremer em baixo dele.
O rapaz já estava acostumado aquilo e o dragão já tinha aprendido exatamente o que fazer para lhe ajudar a relaxar, para lhe dar prazer. E aquele tinha sido o típico ritual que eles faziam antes de fazer mais… Soluço sabia que aquela era a direção em que eles estavam indo, mas só pensar que, dessa vez, eles iam até o fim, de verdade, ele não podia ignorar ao todo um pouco de nervosismo…
— Ah! — Ele exclamou ao sentir uma lambida longa e decidida, de seus testículos até a ponta de seu pênis. Ele piscou, focando os olhos em Banguela, mas esse estava com os olhos fechados.
“Está pensando demais.” Banguela ronronou, repetindo o movimento com a língua.
— N-não estou não…! — Soluço retrucou, mas ele sabia que estava.
Banguela bufou novamente antes de envolver o membro pequeno do humano com os seus lábios rígidos. Soluço gemeu alto, movendo os quadris e deslizando ainda mais para dentro da boca do dragão. Banguela não parecia ter a mesma capacidade de “chupar” alguma coisa com os lábios e a boca, mas ele já tinha aprendido a fazer alguma coisa similar para seu companheiro humano. Com os dentes retraídos, Banguela moveu a cabeça levemente, deixando que o pênis duro de Soluço rolasse por cima de suas gengivas rosadas, tudo enquanto rolava a ponta da língua contra a glande do rapaz, saboreando o pré gozo que pingava ali.
Soluço jogou a cabeça para baixo, usando o apoio de seus ombros para empurrar a cintura ainda mais para cima, indo de encontro com os movimentos de Banguela, que soltou um som grave e apreciativo em resposta.
— A-ah, isso, Banguela, assim… — Ele se ouviu murmurando enquanto tremia, os dedos segurando os panos da cama improvisada com força, o rosto sardento vermelho ressaltando cada sarda escura. Ele abriu os olhos, inclinando o queixo contra o peito para ver melhor enquanto Banguela continuava o “chupando” de um modo draconiano.
Soluço não sabia como era receber aquele tipo de atenção de um outro humano, mas, a esse ponto, ele não se importava em descobrir.
— Mn…! — Ele mordeu a língua quando as pontas bifurcadas daquela língua draconiana empurraram levemente seu prepúcio e um jato de prazer subiu pelas suas costas como um raio.
Banguela respondeu com um gemido de dragão, erguendo uma pata e a deitando com cuidado contra a barriga de Soluço. O rapaz sentiu o ar deixar seu peito ao ser levemente empurrado contra o chão, mas ele fez como mandado, e abaixou os quadris, deixando que o dragão cuidasse de tudo.
Fechando os olhos, o garoto se deixou focar apenas no que estava sentindo. O prazer dos toques de Banguela se sentia a um outro prazer que borbulhava em seu peito, esquentando-o e fazendo seu coração bater mais forte.
De fato, ele não tinha interesse algum em saber como seria experimentar aquilo com um humano, não só por que ele preferia o modo como um dragão fazia aquilo, mas pelo simples fato de que quem estava fazendo aquilo com ele era Banguela, seu melhor amigo, alguém que o aceitou em sua vida sem pensar duas vezes, alguém que o protegeu e que o amou por tanto, tanto tempo…
Não havia ninguém como Banguela esperando por ele em Berk.
Ele se lembrava de tudo que já tinha vivido com o Fúria da Noite e os outros dragões, todos os momentos bons e ruins. Se lembrava de como se sentiu estranhamente bem-vindo entre aquelas criaturas, de um modo que nunca tinha se sentido em Berk antes; mesmo Berk sendo o lugar em que nasceu, em que cresceu e em que deveria ter feito mais amizades do que inimigos.
Era quase como se ele estivesse no lugar errado todo esse tempo. Como se viver ali, entre os dragões, era o seu lugar, o seu mundo, o seu lar.
Não, não só entre os dragões, mas com Banguela. Banguela não era só seu melhor amigo e dragão, ele não era só seu companheiro… Banguela era seu lar, ele era seu porto seguro…
E ali, agora, enquanto dividiam um momento tão íntimo, Soluço se sentia quase…
Completo.
— B-Banguela! — Soluço se ouviu exclamar e então a pressão que tinha começado a se formar no seu ventre se intensificou, um raio de prazer percorrendo seu corpo inteiro, dos pés à cabeça, e com um gemido alto, ele gozou.
Banguela respondeu àquilo com um ronronar baixo e apreciativo, abaixando a cabeça e apertando o focinho contra os pelos do rapaz, mantendo o membro desse totalmente em sua boca enquanto Soluço gozava. Jatos de sêmen quente cobriram sua língua e o dragão soltou um gemido próprio, já acostumado e muito a favor daquele sabor.
Soluço tremeu, se sentindo sem ar. Ele já tinha tido vários orgasmos incríveis com Banguela, mas aquele tinha ganhado o prêmio! Ele deitou contra a cama improvisada enquanto ainda sentia ondas de prazer se espalharem por cada fibra de seu corpo, fazendo seus dedos formigarem e sua cabeça girar por um momento.
Ele ouviu um soluço baixo e não sabia de onde vinha aquele som…
A energia que Soluço reconhecia ser o seu nome fez o garoto voltar à realidade mais rápido. Banguela estava novamente em cima dele, o encarando com olhos grandes e preocupados, choramingando levemente. Soluço sentiu falta do calor da boca do outro em volta dele, mas ignorou aquele sentimento ao ver o rosto do dragão. E, só então, ele notou que o soluço tinha vindo dele.
— E-eu estou bem, Banguela, sério… — Soluço disse, notando que sua voz estava levemente embargada. — Só estava pensando… Sabe como é... Em tudo-- Tudo isso… — Ele gesticulou vagamente, antes de levar a mão para afastar as pequenas lágrimas que apareceram em seus olhos, sorrindo quando Banguela esfregou o rosto escamoso contra o seu.— Sobre Berk e… Eu e você… E esse lugar… Eu só… Eu nunca esperava acabar desse jeito… — Os dois se encararam, se perdendo um no olhar do outro. — Eu nunca pensei que eu me sentiria desse jeito, Banguela… Como se… Como se eu pertencesse a um lugar, como se eu pertencesse a alguém e vice-versa. Eu nunca senti como se fizesse parte de alguma coisa lá em Berk… Eu nunca pensei em como eu, eu não sei, não estava satisfeito com minha vida, eu…
Era como se tudo tivesse o atingido com força bem naquele momento em que ele, com toda a certeza que existia dentro dele, dado a ele por quem sabe qual deus, talvez Loki, iria se entregar ao todo para Banguela, para um dragão. Um inimigo de sua raça… O seu melhor amigo.
Ele se calou quando Banguela lambeu suas bochechas vermelhas, esfregando o rosto contra o dele novamente e ficando ali.O calor das escamas do dragão ajudou Soluço a se acalmar.
“Eu quero te fazer esquecer o mundo lá fora.” Banguela bufou contra o rosto do garoto e aquelas palavras ecoaram pela mente do garoto. “Eu quero que pense só em mim. Em nós. E no agora. Soluço…”
Soluço riu levemente, evolvendo o pescoço grosso do dragão com seus braços e o puxando para perto. O ronronar de Banguela fez seu corpo vibrar e o calor que irradiava dele fazia Soluço se sentir em casa.
— Eu te amo, Banguela… — Ele falou suavemente, erguendo as mãos para afagar em baixo das barbatanas do dragão.
O dragão trinou alto, esfregando a cabeça contra o humano, tanto sua conexão quanto seu corpo dizendo um suave, mas poderoso:
“Eu também te amo, Soluço.”
Soluço permitiu que Banguela lambesse seu rosto até as lágrimas sumirem. E, mesmo naquela posição, com a forma grande do dragão sobre ele, Soluço ainda assim conseguiu ver quando Banguela moveu os quadris, num movimento quase involuntário.
— Banguela… — Ele empurrou levemente e o dragão obedeceu, se afastando e o lançando um olhar curioso. Soluço mordeu o lábio, desviando o olhar para baixo mais uma vez, dessa vez podendo ver o que acontecia entre as pernas de seu companheiro.
Banguela soltou um arrulho baixo e se ergueu melhor nas quatro patas, olhando para baixo também.
O membro de Banguela havia saído de onde se escondia, ereto e imponente. Soluço o admirou por um momento, ele tinha gostado da coloração e das escamas mais moles que o enfeitavam desde a primeira vez que o tinha visto.
Ele era grande, bem grande… Várias vezes Soluço se encontrou se perguntando como e se aquilo poderia caber dentro dele. Eles iam descobrir dessa vez.
— Q-quer que eu cuide disso? — O rapaz ofereceu, para empurrar um pouco do nervosismo que tinha vindo com aquele reconhecimento.
Banguela abriu bem os olhos e suas narinas, respirando fundo e bufando alto, e balançou a cabeça uma vez, como faria um humano. A animação de Banguela era ainda mais contagiante e Soluço se encontrou sorrindo, tão animado quanto ele.
— Tá, senta na sua cauda então, amigão. — Soluço disse, empurrando o peito do dragão.
Banguela obedeceu sem ser mandado duas vezes, se inclinando para trás até poder se sentar na base de sua cauda, parecendo um humano sentado. Soluço se lembrava de como Banguela tinha sentado daquele jeito durante sua primeira vez interagindo, logo depois de regurgitar um peixe em seu colo. Era ainda engraçado ver um dragão sentado daquele jeito. Especialmente ali, onde ele precisava inclinar o pescoço um pouco, por causa do teto da caverna.
Sentado daquele jeito, o membro colorido de Banguela ficou totalmente à mostra, ereto e imponente, entre as pernas negras do dragão. Soluço estendeu as mãos para ele, tentando envolvê-lo com as mãos como tinha feito várias vezes antes,a ponta de seus dedos ficando a centímetros de distância, sem conseguir se tocar. Ele deslizou uma mão até a base, enquanto a outra ficava no mesmo lugar e Banguela soltou um grunhido alto em cima dele. Soluço sorriu e fez o contrário, deixando a mão deslizar até a ponta, onde uma gota de pré gozo tinha aparecido.
Banguela rosnou baixo, a cauda balançando para os lados. Soluço observou a reação do dragão acima dele enquanto tocava as pequenas escamas moles que formavam linhas nos lados do membro e em sua base gorda.
Ele sorriu ao ouvir seu nome ser chamado pela conexão e moveu as mãos juntas, para cima e para baixo, e o dragão soltou um choramingar baixo. Soluço se surpreendeu quando Banguela moveu o quadril, deslizando seu membro contra o pequeno túnel que o garoto criava com suas mãos. Um tremor de excitação subiu pelas costas de Soluço ao imaginar aquele movimento, mas não contra seus dedos…
Olhos grandes e verde-amarelados se voltaram para o pequeno humano e Banguela bufou baixo, seu peito poderoso movendo lentamente. Soluço sorriu para o dragão, antes de inclinar a cabeça para baixo, levando os lábios até a ponta do pênis desse. Banguela trinou de modo apreciativo.
Soluço envolveu a ponta cônica do membro de Banguela com seus lábios, deixando sua língua rolar sobre ela e chupou. O dragão rosnou mais uma vez, um som baixo fazendo seu peito tremer, e sua cauda bateu contra o chão mais uma vez. Soluço continuou chupando, empurrando o máximo que conseguia do outro dentro de sua boca, o que não era muito, e cuidando do resto com os dedos. Com só um pouco daquilo, Banguela já estava choramingando, vez ou outra rolando os quadris bem de leve, sendo incapaz de fazer muito naquela posição.
Soluço ergueu o olhar, encontrando Banguela de olhos fechados acima dele, com a língua grande pendurada no canto da boca, enquanto respirava em lufadas. O rapaz teria sorrido se pudesse. Ele adorava saber que conseguia fazer um dragão grande e poderoso como Banguela se sentir tão bem assim.
“Gostoso?” Soluço transmitiu através de sua conexão, quase sem notar, e ele sentiu seu rosto esquentar quando Banguela respondeu com um som baixo que rolou de seu corpo para o de Soluço, fazendo seus dentes tremerem.
A energia de Banguela tocou a de Soluço, quente, poderosa e escura e o rapaz sentiu suas pálpebras vibrarem, seus olhos rolando para trás quando o dragão o fez sentir o prazer que ele sentia. Soluço deslizou a mão para baixo e com seus dedos molhados com os fluídos de Banguela, ele cuidadosamente deslizou um dedo por seu anus.
Uma das patas dianteiras de Banguela pousou sobre as costas de Soluço, como se ele precisasse de apoio, mantendo o humano no lugar e pesando contra ele. O rapaz gemeu, inclinando o corpo um pouco para baixo com o peso, o que fez com que mais de seus dedos deslizassem para dentro dele mesmo. Soluço repetiu o movimento que fazia com a língua, sentindo mais e mais pré gozo cair em sua língua, deslizando por sua garganta, adorando cada som que ele conseguia arrancar de Banguela.
“Chega…” Banguela rosnou de repente, sua energia batendo contra a de Soluço.
O rapaz piscou os olhos, erguendo-os para o dragão.
Banguela o encarava com pupilas largas e Soluço pôde sentir a mensagem que vinha com a energia do outro. Ele teve de sorrir, orgulhoso de si mesmo em saber que o dragão tinha parado por que estava quase alcançando seu limite. Honestamente, Soluço já sabia disso, ele conseguia sentir, em sua pele, em sua mente, em tudo. Os dois estavam conectados desse jeito.
A pata em cima das costas de Soluço o empurrou e o rapaz ficou feliz em já ter deslizado os dedos para fora quando caiu para trás.
— Ei! — Ele reclamou, só recebendo uma risada gutural em resposta. Ele lançou um bico exagerado para seu companheiro. — O que foi? Bom demais pra você, amigão?
Banguela bufou, se remexendo no lugar, seu membro ainda esticando para o ar, ereto e excitado.
“Você vai ver o que é ‘bom’, Soluço.” Foi sua resposta, com um sorriso quase torto em seu rosto de dragão.
Soluço sentiu um arrepio e seu rosto esquentou ainda mais quando outra mensagem tocou sua mente. Ele fez como pedido, se virando e ficando de quatro, com as costas voltadas para o dragão.
Banguela trinou suavemente, apreciando a visão que tinha agora.
— Ora, cale a boca…! — Soluço conseguiu encontrar sua voz.
O Fúria da Noite soltou uma risada draconiana e Soluço não pôde deixar de sorrir também.
Banguela se abaixou, voltando a ficar de quatro também, e um arrepio subiu pelas costas de Soluço ao sentir a respiração quente do dragão cair sobre seu traseiro, fazendo seu peito se arrepiar.
Por um momento ele se sentiu mais uma vez nervoso. Essa era a hora, a última preparação para o que eles iam fazer pela primeira vez… Mas quando a energia de Banguela tocou a sua novamente, comentando sem palavras elogios que fazia a cabeça de Soluço girar e seu coração bater mais forte, o nervosismo foi deixado de lado. Tudo o que ele sentia era excitação e emoção.
— Por favor… — E, como se toda a vergonha que tinha existido dentro dele uma vez tivesse desaparecido, ele afastou os joelhos um pouco mais, se revelando mais para seu companheiro.
As narinas de Banguela se abriram, ele respirou fundo e bufou alto, sua respiração caindo sobre a pele de Soluço, coberta de saliva de dragão, o fazendo tremer. Lançando um último olhar para o humano, o outro se abaixou novamente, se encolhendo contra o chão e colocando a cabeça entre as pernas do humano.
— Ah! — Soluço exclamou ao sentir a ponta da língua de Banguela apertar contra seu anus. Não era a primeira vez que ele já tinha sentido aquilo e ele sabia que não seria a última, mas ele sempre sentia o pouco pelo que cobria seu corpo se arrepiar com aquela sensação.
Ele se lembrou da primeira vez em que fizeram aquilo. Soluço tinha começado a experimentar aquilo com os seus dedos e, depois de varias vezes pedir para Banguela não ficar encarando enquanto ele fazia aquilo, ele se acostumou a ter o dragão o observando com atenção. Um dia, quando Banguela rolava sua língua pelo corpo do rapaz, ele acabou chegando ali e, depois de perguntar para Soluço com um ronrono baixo se ele podia fazê-lo “se sentir bem”, Soluço concordou; e, pela primeira vez, a língua de Banguela estava dentro dele.
Foi estranho no começo, mas ele logo se acostumou, até chegar àquele ponto, em que ele simplesmente adorava sentir a língua do outro dentro dele. O músculo era grande e poderoso, deslizando por sua entrada esticada com extrema facilidade, fazendo seu caminho; mas também era flexível o bastante para explorar cada cantinho, como ele costumava fazer com sua boca. Em pouco tempo Banguela aprendeu exatamente quais cantos apertar, em quais rolar a ponta da língua de modo brincalhão, tudo o que fazia o rapaz se sentir bem.
E quando eles falaram sobre sexo de verdade pela primeira vez, Banguela mencionou como eles precisavam fazer aquilo, para ter certeza de que Soluço aguentaria o tamanho de seu membro.
“Eu não quero te machucar.” Banguela tinha ronronado baixo e Soluço sentiu seu coração parar de bater por um segundo. Como ele amava aquele dragão!
Soluço descansou a cabeça sobre os braços cruzados, fechando os olhos enquanto sentia aquela ponta bifurcada o invadindo aos poucos. A língua de Banguela apertou contra ele, o esticando mais e mais, pressionando contra aqueles pontos que faziam os dedos dos pés de Soluço se encolherem. Ele gemeu, instintivamente se apertando contra o dragão.
Banguela ronronou, a vibração do som passando dele para o garoto, enquanto sua língua pressionava mais fundo, apreciando quando o humano gemeu alto, arqueando as costas.
—Ah! Banguela…! — Soluço exclamou, se apertando mais contra a língua do dragão. — Isso! Bem aí! Não para, não!
Banguela ronronou grave, pressionou aquela área de novo e de novo, se deliciando com os sons de seu pequeno humano. Soluço respirava em lufadas, sentindo como se seus gemidos o impedissem de respirar direito, enquanto estrelas explodiam diante de seus olhos a cada empurrão daquele músculo forte contra aquele ponto especial.
Soluço deslizou uma das mãos para o seu próprio membro esquecido e arfou com seu próprio toque. Porém, sentindo uma pressão conhecida começar a se formar em seu baixo ventre, ele notou que era hora de parar.
— Banguela… — Ele soltou seu pênis e esticou a mão para trás, tocando o focinho escamoso de Banguela. O dragão abriu seus olhos, encontrando os de Soluço olhando por cima de seu ombro, mas ele não ousou parar ainda. — V-você vai me fazer gozar de novo, amigão, c-calma aí…
E, por fim, Banguela parou, deslizando a língua para fora de Soluço. O rapaz gemeu baixinho, já sentindo falta daquela sensação de estar cheio, seu canal bem esticado tremendo contra o nada.
“Pronto?” O dragão ronronou, se inclinando acima de Soluço e esfregando seu focinho contra as costas desse, antes de subir até seu pescoço, o que fez o rapaz sorrir.
—S-sim… — Soluço engoliu, tentando estabilizar a voz, e respirou fundo. — Sim, pronto, Banguela.
Banguela fez um som e o modo como a energia dele tocou a de Soluço, era a mesma sensação de alguém segurando sua mão.
Soluço levantou os olhos para seu dragão enquanto esse se movia para ficar acima dele. Um arrepio subiu pelas costas de Soluço. Ele estava tão acostumado a ficar ao mesmo nível visual com Banguela, que ele as vezes se esquecia do quão pequeno ele era perto do dragão. Há um bom tempo atrás, ele ficaria temeroso ao se encontrar em baixo de um dragão daquele jeito, mas agora era diferente, especialmente com aquele dragão.
Ele olhou para trás por cima do ombro, vendo esse se aproximar mais e mais de seu traseiro, a ponta erguida no ar, em atenção, como se a ponta estivesse encarando a parte de trás do rapaz.
“Pode doer na primeira vez…” Banguela soltou um som baixo, e sério. O rapaz ergueu o olhar encontrando olhos amorosos e cheios de carinho voltados para ele. Seu coração pular. “Se eu te machucar…”
— Eu aviso, pode deixar… — Soluço assentiu e sorriu torto. — Não que você vá me machucar, não é, amigão? — E, embaixo do dragão, ele podia sentir quando o coração desse pulou mais forte.
Banguela soltou um som satisfeito e se moveu. Soluço arfou ao sentir a ponta quente e já viscosa do membro do outro tocar sua pele, deslizando por entre suas nádegas, deixando que seu pré gozo translúcido caísse sobre ele, lubrificando seu caminho. Banguela grunhiu acima dele, movendo os quadris, deslizando o seu membro contra o corpo de Soluço; seus movimentos eram leves, mas ainda assim ele empurrava o humano levemente para frente a cada rolar.
Era legal e o viking gostava de ouvir e sentir seu companheiro o usar daquele jeito para o seu próprio prazer, mas eles tinham outras coisas para fazer e ele agora estava se sentindo um tanto impaciente.
Soluço esticou uma mão para trás, agarrando o membro de Banguela como conseguia e alinhando a ponta cônica até sua entrada. Ele mordeu o lábio ao sentir aquele calor contra os músculos de seu anus, tão quente e tão grande…
Mais uma vez ele hesitou, vendo a diferença de tamanho entre os dois… Mas, não, ele não queria parar agora, ele queria fazer aquilo! Depois de tanto tempo remoendo aquilo, chegando perto antes de parar, ele decidiu que era hora. Soluço ergueu o olhar para o dragão, que o observava com a cabeça abaixada. Ele assentiu.
Banguela trinou mais uma vez e se moveu. Soluço arfou ao sentir o membro do dragão apertar e passar pelos músculos apertados de sua entrada. A ponta cônica e menor deslizou com facilidade e Soluço sentiu seus músculos esticando, abrindo espaço lentamente com cada movimento do dragão, até que a forma mais grossa apresentou um pouco mais de dificuldade.
Soluço ouviu um som baixo e sentiu a energia de Banguela tocar a sua, perguntando sem palavras se ele estava bem. Ele sentiu uma leve dor enquanto sentia os músculos e a pele esticando ao redor do membro de seu companheiro, mas toda a preparação que eles tinham feito antes, tanto naquele dia quanto nas últimas semanas, tinha valido a pena. Soluço sentiu seu corpo relaxar, aceitando Banguela com facilidade, assim como ele tinha se acostumado com a língua do dragão rolando por seu corpo ou invadindo sua boca.
Sem palavras, Soluço respondeu a Banguela com sua própria energia, sentindo as sombras mentais de Banguela envolverem sua mente; e ele riu baixinho, reconhecer um ar de orgulho vindo do dragão, orgulho ao ter o humano usando sua conexão daquele jeito, com tanta facilidade, e… Orgulho do humano pela forma como ele estava conseguindo aguentar o outro com seu tamanho.
Banguela abaixou a cabeça um pouco mais, até conseguir lamber os ombros de Soluço, a ponta bifurcada acompanhando a linha das cicatrizes da marcação desse. Por um momento Soluço se perguntou se Banguela iria o morder novamente… Mas ele não conseguiu se focar demais naquele pensamento quando sentiu o membro de Banguela apertar mais fundo.
— A-ah… — Ele gemeu. Ainda era possível sentir uma leve ardência causada pela esticada, mas àquele ponto, Soluço não ligava para dor. A única coisa em que ele conseguia se focar era a sensação de ter Banguela dentro dele, a sensação de estar tão incrivelmente cheio! — B-Banguela… E-eu consigo sentir… As suas escamas…!
As escamas e protuberâncias suaves que enfeitavam a extensão do pênis do dragão, de sua base até a ponta, rolavam contra as paredes apertadas do rapaz, cutucando vários pontos que faziam o rapaz tremer, criando leves ondas de prazer que faziam seu corpo se arrepiar totalmente.
Banguela arrulhou, soando um tanto quanto orgulhoso se si mesmo e Soluço revirou os olhos, mas teve de sorrir.
Ele olhou por cima do ombro, notando, com surpresa, que apenas metade do membro do Fúria da Noite tinha sido empurrado para dentro dele. Mas ele ainda sentia como se estivesse totalmente cheio, como se não houvesse mais espaço! Soluço mordeu o lábio e se inclinou para trás, o movimento deslizando ainda mais de Banguela para dentro.
— Ah! — Ele exclamou, abaixando o olhar, e ele podia jurar que podia sentir Banguela em sua barriga. Seu membro excitado tremeu em baixo dele.
Banguela grunhiu acima de Soluço, chamando a atenção desse. Banguela tinha fechado os olhos, os músculos acima deles tinham se unido e, na posição em que estava, Soluço conseguia ver o quão tenso o pescoço do outro estava; enquanto isso, atrás dele, a cauda de Banguela atingia o chão de um modo quase rítmico.
— Tudo bem aí, amigão? — Ele perguntou.
Banguela abriu os olhos, os desviando para o humano, e ele bufou.
“Eu disse que você mexe comigo…” Foi a resposta, e ela veio acompanhada de um rosnado baixo e Soluço sentiu suas pernas tremerem levemente, e ele esperava que elas não desistissem no meio daquilo.
Banguela podia não estar transmitindo aquilo diretamente, mas Soluço conseguia sentir como ele estava se segurando, tentando se impedir de seguir seus instintos, de simplesmente tomar o garoto por completo naquele mesmo momento. E saber que Soluço tinha aquele efeito no dragão só o excitava mais, ele ainda não entendia como não tinha gozado de novo!
Soluço gemeu alto quando Banguela moveu o quadril mais uma vez, o esticando ainda mais, de um modo que parecia totalmente impossível.
“Só isso…” O dragão bufou de repente, chamando a atenção do rapaz. Ele encarava Soluço de um modo gentil, quase preocupado por um momento. “Não quero te machucar.”
Soluço só pôde sorrir com aquela mensagem.
Lentamente, Banguela começou a puxar seu membro para fora. Soluço mordeu o lábio e fechou os olhos, agarrando os cobertores no chão para se impedir de tentar puxar o dragão para dentro dele novamente, sabendo que tudo o que ele tinha que fazer era ser paciente e esperar. O Fúria da Noite estava claramente tão impaciente quanto ele, por que, logo ele tinha deslizado boa parte de seu membro para fora do humano, ele estava o empurrando para dentro novamente.
Estrelas explodiram diante dos olhos de Soluço e ele mal registrou o fato de que havia gozado novamente. Ele podia sentir seu corpo se arrepiar com as ondas de prazer que ele sentia com aquelas escamas suaves esfregando todos aqueles pontos sensíveis dentro dele, e suas pernas tremeram com a intensidade de seu orgasmo.
Banguela fez um som baixo e começou a deslizar seu membro para fora.
— N-não, Banguela! Continua, pode ir… — Soluço disse rapidamente, ignorando o modo como suas pernas tremiam e jogando o corpo para trás, deslizando o membro poderoso do outro dentro dele mais uma vez, arrancando um gemido alto de ambos.
Houve uma pausa em que Banguela pensou por um momento, mas antes que Soluço pudesse falar mais alguma coisa, ele empurrou os quadris contra o rapaz mais uma vez.
— Ah, i-isso, amigão… — Soluço gemeu, abaixando a cabeça e a descansando em seus braços cansados de o segurar para cima.
Banguela respirou fundo em cima dele, movendo os quadris cada vez mais rápido. Soluço sentiu seu corpo ser jogado para a frente e para trás, deslizando no levemente no chão por causa dos cobertores em baixo dele. E novamente ele conseguia sentir Banguela tão fundo dentro dele… Ele deslizou a mão para a barriga e ele ainda tinha certeza de que podia sentir o outro se movendo dentro dele!
Depois de dois orgasmos, Soluço sentia que não tinha mais para oferecer, seu corpo formigava e seu membro parecia sensível demais, mas, ainda assim, enquanto ele sentia o membro do dragão movendo dentro dele, atingindo algo lá fundo de novo e de novo, ele podia se sentir ficando excitado mais uma vez. Ele sorriu sem ar. Talvez fosse só o efeito que Banguela tinha nele…
Banguela rosnou baixo, abaixando seu corpo um pouco, apertando seu peito escamoso contra a pele suada de Soluço, colocando mais pressão sobre o humano, e Soluço respondeu com um gemido. Ele gostava daquilo, ele tinha que admitir, ficar em baixo do dragão, de sua forma poderosa… Ele se sentia seguro de resto do mundo…
— Ahm, Banguela… — Ele gemeu baixinho e sorriu ao ver o dragão inclinar a cabeça para baixo para olhar para ele.
Soluço conseguia sentir prazer rolar por seu corpo a cada movimento de Banguela e ele mal podia acreditar que tinha tido tanto medo daquilo. Ele se sentia no céu! Parte dele até desejava poder voltar no tempo para dizer para si mesmo para que fizessem aquilo mais cedo!
Banguela ronronou baixo, as vibrações descendo por seu corpo, rolando pelo de Soluço, fazendo seu pelo se arrepiar. E então Banguela deu um leve puxão em seu movimento, tão de repente, que Soluço só pôde arfar alto, fechando os olhos. Seu membro uma vez sensível e gasto se ergueu totalmente mais uma vez.
As estocadas do dragão começaram a aumentar em velocidade, atingindo o interior do rapaz com mais forte, mas não violentamente. Banguela ainda era surpreendentemente cuidadoso, mesmo perdido no prazer carnal, e só notar aquilo fazia a cabeça de Soluço girar e seu coração, já rápido, pular algumas batidas. Como ele amava aquele dragão… E agora cá estavam eles, conectados de um modo intimo e profundo…
Com um som diferente, Banguela inclinou a cabeça para baixo. Soluço fechou os olhos, sentindo a língua do dragão desceu por sua bochecha, rolando em baixo de seu queixo, como se estivesse erguendo o rosto do rapaz. Ele pressionou um beijo contra o músculo poderoso quando esse passou perto de sua boca.
“Meu…” Banguela ronronou.
Soluço se arrepiou. A energia de Banguela era forte, o envolvendo com a mesma intensidade e a mesma pressão que o corpo físico de Banguela o envolvia, escondendo-o do mundo, literalmente o fazendo ser todo de Banguela e de mais ninguém. E Soluço descobriu que ele não se importava de pertencer ao dragão, ao seu melhor amigo, seu companheiro, na verdade ele gostava daquilo, especialmente por que ele sabia que aquilo queria dizer que Banguela também era só dele.
“Só seu…” Ele respondeu com sua própria energia, feliz ao sentir a energia de Banguela vibrar junto com o arrulho grave que fez o peito do dragão tremer.
Banguela não perdeu mais tempo, sentindo como se seu corpo tivesse se energizado com aquela palavra apenas, aquele sentimento. Ele puxou seu membro para fora e o empurrou para dentro do pequeno humano, indo ainda mais fundo do que antes.
Soluço gritou, e dessa vez só havia prazer em sua voz.
Banguela manteve um ritmo, entrando e saindo rápido e com força, apreciando cada som que vinha de seu companheiro, do choramingar mais baixo aos gritos de prazer. E Soluço se apertou contra ele, como se estivesse tentando ficar mais perto do que já estavam.
— Ah…! — Soluço gemeu baixinho ao sentir a língua longa de Banguela lambendo a mordida que marcava sua pele pálida. Era incrível o quão doce e suave Banguela conseguia ser, enquanto era ao mesmo tempo tão firme e forte!
Banguela soltou um som grave e forte, um gemido de dragão, pressionando seu corpo mais contra o humano, apertando-o contra a cama improvisada. E Soluço conseguia sentir a base grande e gorda do membro do dragão pressionando contra ele, batendo contra sua pele. Ele nem tinha notado que Banguela tinha conseguido colocar boa parte de seu membro dentro dele!
Só ouvindo o som da respiração do dragão, Soluço conseguiu adivinhar que ele estava prestes a atingir o seu limite.
— Banguela… Mn… Por favor… — Ele gemeu, sentindo a necessidade de falar, de pedir por aquilo, ignorando qualquer vergonha ou nervosismo, como se tais coisas não existissem mais.
Banguela fez um som depois de um tempo, claramente tendo dificuldade em se focar em meio às ondas de prazer que eram criadas a cada estocada forte. Soluço ergueu o olhar, encontrando olhos semicerrados e nublados de luxuria voltados para ele.
— D-dentro amigão? — Soluço se ouviu falando, quase sem ar.
Os olhos de Banguelas se abriram, grandes, por um momento, mas logo se fecharam e o dragão levantou a cabeça de novo, atirando-a para o alto, com a língua de fora; enquanto dobrava mais as pernas traseiras, apertando mais contra o rapaz, mas sem parar de se mover.
— Banguela…! Ah! Pelos deuses, Banguela, isso! — Soluço perdeu o controle sobre sua própria voz e suas palavras.
Ele não sabia como estava aguentando, mas não ligava! Nunca havia sentido algo como aquilo! Era como se eles se completassem, como peças perfeitas de um quebra-cabeça. Era como se seus corpos tivessem virado um! Soluço conseguia sentir o bater forte do coração grande de Banguela como se fosse o seu, a respiração pesada do dragão combinava com a sua.
Banguela o envolvia de todos os modos possíveis, por fora, por dentro, fisicamente, mentalmente. Era tudo tão quente, selvagem, visceral, sensual. Mas ao mesmo tempo doce, protetor, carinhoso, amável. Era muito mais do que algo corpóreo, era algo espiritual. Era demais, para ambos.
Soluço atirou a cabeça para trás e com um gemido alto, gozando em cima dos cobertores pela terceira vez. Ele sentiu a força em suas pernas e em seus braços sumir, mas, ainda assim, conseguiu ficar ali, enquanto seu corpo inteiro tremia, ondas de prazer subindo e descendo por seus membros, fazendo sua cabeça vibrar e seu coração pular algumas batidas.
Com um rugido alto e batendo a cauda com força no chão, Banguela atingiu seu ápice dentro de Soluço.
O garoto não sabia como descrever aquela sensação. Era demais. Todos os seus sentidos tinham sido estimulados até o limite. Ele mal conseguia compreender o que era real e o que não era. Ele podia sentir a pele de sua barriga esticar por um momento e então um arrepio estranho ao sentir o gozo quente de Banguela escorregar por entre suas pernas.
Os dois ficaram assim por quem sabe quanto tempo, Soluço não tinha contado, tudo em que ele conseguia se focar eram as ondas de prazer que ainda rolavam por seu corpo, o calor do outro contra ele, e o modo como suas energias tinham se entrelaçado.
Banguela ronronou baixinho e Soluço notou como as pernas poderosas desse tremeram, assim como as suas, e ele teve de sorrir, feliz ao ver o quanto aquilo tinha afetado também o grande Fúria da Noite.
Cuidadosamente, Banguela se inclinou para baixo, dobrando as pernas dianteiras para aliviar um pouco o seu próprio peso. Ele abaixou a cabeça e seus olhos se encontraram com os de Soluço.
Verde no verde…
Havia tanto naqueles olhos, tanto que Soluço conseguia sentir na energia do dragão, que seria impossível de colocar em palavras. Que bom que eles não precisavam de palavras.
Banguela ronronou baixo, o som fazendo Soluço tremer, fazendo as últimas ondas de prazer rolarem por seu corpo. Ele sorriu para o dragão quando esse esticou o pescoço para baixo, e, ignorando as pernas e os braços que tremiam, ele se esticou para poder encontrar o outro no meio do caminho.
“Tudo bem?” A energia de Banguela perguntou enquanto a língua do dragão lambia as bochechas vermelhas e suadas do humano.
Soluço piscou uma ou duas vezes, surpreso ao notar que havia fechado os olhos em algum momento. Ele virou o rosto levemente, apertando um beijo contra a língua do dragão.
— M-melhor que bem, amigão… — Ele conseguiu falar, notando como sua voz estava um tanto rouca.
Banguela trinou em resposta, desviando os olhos para trás.
Soluço sentiu seu rosto vermelho esquentar ainda mais, mas tudo o que ele fez foi se abaixar, descansando a cabeça sobre os braços cruzados. Ele assentiu.Lentamente, Banguela deslizou para fora dele, as escamas que enfeitavam seu membro puxando contra o interior sensível de Soluço, deslizando com muito mais facilidade agora por causa do sêmen de seu companheiro. E, mesmo quando ele sentiu a ponta começar a deslizar para fora, ele continuou se sentindo completo e cheio.
Um gemido baixo escapou de Soluço ao sentir o líquido quente descer por suas pernas e arfou quando Banguela puxou totalmente para fora dele. Ele se sentiu estranho no mesmo instante, como se algo estivesse faltando.
E algo lhe dizia que Banguela tinha sentido o mesmo, só pelo modo como o dragão apertou o focinho contra seu pescoço. A energia de Banguela envolveu a sua mente e, de repente, Soluço sentiu toda a força que existia em seu corpo começaram a desaparecer, sendo substituída por cansaço.
Algo lhe dizia que Banguela tinha alguma coisa a ver com aquilo.
— Banguela… — Ele se ouviu dizer.
“Deixa. Eu cuido de você, Soluço.” Banguela trinou suavemente, apertando o focinho contra as bochechas quentes do rapaz, antes de rolar a língua por cima dela.
Soluço sorriu, se sentindo estranhamente bobo. O prazer ainda rolava levemente por cada fibra de seu corpo, mas outra sensação tinha tomado o lugar que ele tinha tido antes, uma sensação confortável, um calor conhecido que envolvia seu peito e seu coração que agora batia devagar… Quase acompanhando as batidas do coração de Banguela.
Mesmo separados, eles continuavam tão conectados quanto antes…
Ele se sentia protegido, acalentado… Amado. Nunca tinha sentido algo como aquilo, com aquela intensidade, com aquele calor…
Soluço teve um pouco de consciência do que estava acontecendo ao seu redor, ele reconheceu a sensação da língua de Banguela rolando por sua pele, quente e poderosa, arrancando suspiros contentes do rapaz. Ele podia sentir o calor do dragão dançando ao seu redor. E os músculos poderosos de Banguela contra ele, movendo seu corpo com uma facilidade inesperada para uma criatura grande como ele.
Mas Soluço sabia que Banguela cuidaria bem dele.
Ele sorriu, vendo aqueles olhos verde-amarelados se voltando para ele, asas negras o envolvendo como escudos gigantes, o escondendo do resto do mundo, seguro e amado em baixo da forma poderosa de seu companheiro. Seu corpo vibrou com um ronronar forte e, aos poucos, ele adormeceu.
Disclaimer: A série Como Treinar o Seu Dragão e seus personagens pertencem à Dreamworks Animations, Dean DeBlois, Chris Sanders e Cressida Cowell. Essa é uma produção de fã para fã e sem fins lucrativos.
Todos os personagens aqui presentes possuem mais de 18 anos de idade.